
25/06/2020
A MANEIRA COMO VOCÊ OLHA PARA O SEU FILHO DETERMINA SUAS CHANCES DE REALIZAÇÕES NA VIDA
“Olha mãe!” Eu ouço essa frase várias vezes ao dia. Meus filhos querem que eu os veja subir na árvore, equilibrar, dançar e não querem que eu perca um segundo do que eles querem me mostrar. Então, paro tudo e olho para eles.
Eu os vejo fazer caretas ou pintar com aquarelas. Vejo como ficou o desenho que fizeram com tanto carinho e lhes dou um grande sorriso. O mundo para quando olhamos para nossos filhos, e eles precisam que seja assim. Não há nada mais importante para uma criança do que o olhar de aprovação dos pais.
Os olhares que nos marcam
Eu sempre conto à minha mãe sobre aquele olhar que me marcou. Ela não se lembra, mas eu, sim; jamais vou esquecer. Não tenho fotos do momento, então, certamente é uma lembrança que está apenas em minha mente e que levo no coração.
Eu tinha 5 anos e estava prestes a entrar para a pré-escola. Minha mãe estava me fazendo provar o guarda-pó xadrez rosa. Na cozinha, agachada ao meu lado, ela terminou de me vestir e me olhou nos olhos, me dando um de seus sorrisos característicos, um sorriso de aprovação. Ela me disse sorrindo: “Como você está bonita, filha! Que linda você ficou!” O impacto positivo do momento foi tanto, que até hoje consigo me lembrar.
Seu olhar naquele momento tão importante, prestes a começar iniciar as aulas, marcou-me para sempre. Seu olhar, seu gesto e seu sorriso, sem dizer uma palavra, foram suficientes para deixar uma marca em meu coração.
Todos o nervosismo que eu certamente senti, como qualquer garota de 5 anos que estava prestes a enfrentar colegas desconhecidos, foram completamente dissipados porque eu carregava comigo o olhar seguro, cálido e sereno de minha mãe.
Por que é tão importante a forma como olha para o seu filho?
O escritor e divulgador Alex Rovira diz que “não temos noção de como nosso olhar condiciona necessariamente as possibilidades de realização de todo ser humano”. Se abandonássemos falsas crenças e preconceitos em relação ao outro, tudo mudaria. E o que isso tem a ver com seu filho? Tudo. Muitas vezes, no esforço de cuidar de nossos filhos, nós os vemos como seres incapazes de muitas coisas. Outras vezes, simplesmente não valorizamos sua capacidade emergente; então, a criança começa a acreditar que realmente não pode, não é boa naquilo que está fazendo, é inútil.
Vou dar um exemplo prático: seu filho quer cozinhar com você. Ele derrama um pouco de farinha, espirra um pouco enquanto bate, ou não sabe a diferença entre bater e revolver, e as paredes da cozinha acabam salpicadas. Então, você tem dois caminhos…
Seu olhar e gestos de desaprovação são tão fortes, que a criança se sente inadequada para fazer um bolo; ou você sorri e diz a ele o quanto é bom que ele esteja tentando. Se você costuma seguir o primeiro caminho, é provável que seu filho cresça achando que não é bom para isso, para aquilo ou para nada. Mas se você ir pelo segundo caminho, seu filho irá se alimentar desse olhar encorajador e crescerá confiando em sua capacidade.
Direcionar um olhar afirmativo às crianças gera o Efeito Pigmaleão, conhecido na psicologia como a influência que uma pessoa pode exercer sobre outra com base na imagem que essa pessoa tem dela. Em outras palavras, aquilo que uma mãe pensa do filho pode influenciar seu desempenho e, dessa forma, a criança acabará fazendo com que suas expectativas estejam corretas, tornando-se realidade por meio de comportamentos que tendem a confirmá-las.
Então, quando você diz a seu filho “você é bom”, “você é uma criança corajosa” ou “você é uma pessoa gentil”, mesmo que ele tenha se comportado mal, você está lhe dizendo que acredita nele, que confia em sua capacidade de melhora, e que sua má conduta não o define como pessoa.
A forma como olhamos para nossos filhos (e não me refiro apenas à maneira como olhamos literalmente para eles, mas à postura que adotamos em relação ao que pensamos sobre eles) irá determinar para sempre sua realização na vida.
Você está ciente do poder e da missão que tem?
Não estamos cientes da capacidade que temos de transformar os outros”, diz Alex Rovira, que explica que, quando sabemos olhar positivamente, “fazemos o ser amado florescer”.
Diante da oportunidade de moldar positivamente nossos filhos para que sejam pessoas boas, valiosas e com grande atitude perante a vida, não deveríamos desperdiçá-la. Nossos filhos acreditam no que lhes dizemos. Se lhes dissermos que ão corajosos, eles serão; se dissermos que são tímidos, eles serão tímidos.
Recentemente, pude comprovar o poder do meu olhar e de minhas palavras como mãe. Estávamos andando pela rua, e um grupo de policiais estava pronto para começar a ronda. Meu filho, que é totalmente desinibido desde pequeno, cumprimentou-os. Minha filha, que tem um pouco mais de dificuldade para se sentir confiante, também o fez. O que aconteceu em seguida foi maravilhoso.
Eu disse à minha filha: “Que grande você está! Já não é mais uma menina tímida, agora é corajosa e cumprimenta os policiais!”. Um sorriso despontou em seu rosto e eu sabia que minhas palavras tinham sido poderosas. Minha filha agora sabe e realmente acredita que é corajosa, e repete: “Mãe, agora estou grande e sou corajosa!”. Minhas palavras produziram o Efeito Pigmaleão.
Olhemos sempre para os nossos filhos de maneira positiva
Façamos o exercício diário de ressaltar qualidades positivas, de reforçar aquilo que queremos destacar. Dizer “você é uma criança desobediente e caprichosa” não ajuda e provavelmente fará com que a criança continue a se comportar dessa maneira. Entretanto, dizer-lhe que sabemos que ele não é assim, e que confiamos que seja apenas um comportamento passageiro fará com que o pequeno se esforce para validar nossas palavras.
Olhe sempre para o seu filho com um olhar doce, amoroso e positivo! Acredite, você estará marcando seu caminho para sempre.
FONTE AFAMILIA
23/06/2020
8 RAZÕES PELAS QUAIS VOCÊ NÃO DEVE DESISTIR DO SEU CASAMENTO
Conforme os anos de casamento iam passando, ela sentia uma grande tristeza na alma, seu sorriso desapareceu completamente e seus sonhos foram deixados para trás. No fundo do coração, ela admitia que amava o marido e que, graças ao amor que sentiam um pelo outro, formaram uma linda família. No entanto, ela não estava feliz.
Ela sentia vertigens só de pensar na possibilidade de uma separação definitiva, ficou cheia de dúvidas e medos. Acreditava que a única solução para encontrar a felicidade era pedir o divórcio. Mas algo a impediu, e ela não conseguiu tomar essa decisão.
Ela visitou muitos conselheiros matrimoniais, conversou com sua família e amigos mais próximos, a fim de pedir opiniões ou conselhos para lhe ajudar a encontrar razões para não desistir do casamento.
Claro! Naquela busca desesperada, ela não escutou nada do que queria, pois nenhuma história ou experiência de outras pessoas correspondia ao que ela realmente queria fazer. Porém, na escuridão de uma noite como outra qualquer, ela teve a ideia de fazer uma lista de razões pelas quais ela achava que não deveria se divorciar.
Metade da minha vida com ele Ela escreveu:
1. Por amor
Na minha juventude, eu costumava pedir com grande fervor para encontrar um homem que me amasse como sou, cujo jeito de ser me cativasse e com quem eu tivesse coisas em comum. Até o dia em que conheci meu marido, éramos o complemento ideal, o casal perfeito que todos invejavam.
Nós nos apaixonamos, casamos e formamos uma linda família com três filhos. Em todos os anos de casamento, aprendi que ele demonstra seu amor por mim de maneiras diferentes das minhas. Eu o amo! Aceito-o tal como ele é!
2. Não há motivo
Muitos casais podem se divorciar quando enfrentam problemas graves como infidelidade, violência, entre outros. No meu caso, a verdade é que não há uma razão tão forte para pedir o divórcio. O que posso sentir, é que o relacionamento esfriou, que não há tanta paixão na intimidade e que as conversas são escassas.
Mas, ele está sempre lá quando eu preciso de algo, ele dorme ao meu lado todas as noites e oramos juntos. Todas as nossas ações e esforços visam o bem-estar da família.
3. Por sonhos
Ainda tenho sonhos, esperanças e objetivos que quero alcançar, como conhecer e curtir meus netos, comprar uma casa de descanso à beira-mar e publicar um livro da minha vida. Assim como eu, ele também sonha, acho que é hora de compartilhar e trabalhar em equipe para alcançá-los, pois enquanto tivermos vida, haverá tempo para tudo.
4. Amor próprio
Devo confessar que meu sorriso desapareceu e minha tristeza não me deixa ver o quanto devo me amar. No entanto, acho que se exijo amor do meu marido, tenho que começar dando-o a mim mesma. Eu sacrifiquei muitas coisas no casamento e acho que é hora de pensar em fazer coisas que eu gosto e proporcioná-las a mim mesma.
Não quero me divorciar! Quero encontrar a verdadeira felicidade em mim, no meu interior e amor próprio; talvez eu esteja errada em pedir amor quando, na verdade, ainda não me aceito como sou.
5. Há solução para tudo
Tive que passar por testes muito difíceis no casamento. Às vezes fomos bem-sucedidos; outras vezes, derrotados. No entanto, eu nunca estava sozinha, meu marido sempre me apoiou em todas as circunstâncias.
A infelicidade que sinto não me deixou entender que todos os problemas que enfrentamos como casal tiveram solução. Por que seria diferente neste momento?
6. Ele me conhece melhor do que ninguém
Eu poderia encontrar outro parceiro que me deixasse empolgada e que me desse o que preciso para ser feliz (em resumo, existem muitos homens no mundo); mas a verdade é que ninguém me conhece tão bem quanto meu marido. Acho que estou com um pouco de preguiça de começar um novo relacionamento.
Não vou desistir do meu casamento! Porque ele me aceita como eu sou e eu também o aceito. Entre seus muitos defeitos, descobri virtudes e benefícios que nem todos têm. Ele é um homem com valores familiares profundamente enraizados, honesto e respeitoso.
7. Quero perdoar
Considero que não sou perfeita e que cometi milhares de erros no meu relacionamento; portanto, tenho o desejo de aprender a perdoar de coração. Perdoo meu marido por sua frieza, pela sua maneira ruim de se expressar, por sua falta de cavalheirismo, por nos permitir cair na rotina e por não levar em conta que não me sentia feliz.
Eu quero começar do zero todos os dias! E perdoo o que, para mim, está errado no meu casamento.
8. Amo a minha família
Minha vida gira em torno de meus filhos, meu marido e meus animais de estimação. Se eu tomar a decisão de me divorciar, é muito provável que meus filhos sofram as consequências e que ninguém na família encontre a verdadeira felicidade, pois ninguém pode garantir que serei feliz se meu casamento acabar.
Ao finalizar sua lista de razões pelas quais achava que deveria salvar seu casamento, ela saiu da cama, acendeu as luzes do quarto e acordou o marido com um grande abraço. Com lágrimas nos olhos, ela disse que o amava com toda a alma e que estava na hora de resolver os problemas que atravessavam na relação.
Ele ficou tão surpreso, que a abraçou e disse que nunca imaginou que ela estava infeliz. Em segundos, ele se ajoelhou diante dela, pegou a mão dela e pediu perdão. Foi nesse momento que ela decidiu permanecer ao lado do marido por muitos anos até a morte os separar.
FONTE AFAMILIA
22/06/2020
5 COISAS QUE APRENDI QUANDO A MINHA FAMÍLIA NÃO ME APOIOU
Em nossa cultura, a família é o mais sagrado, é o pilar que nos ajuda a seguir adiante enfrentando toda adversidade. Ela é o apoio incondicional, o amor, a segurança e a proteção que qualquer ser humano precisa para se sentir parte de um grupo. A família é o guia e a base que forma nossa identidade.
Quando a família falha e não encontramos a ajuda que necessitamos nos momentos difíceis, o mundo vem abaixo. Todas as nossas esperanças e expectativas desmoronam-se, devido às nossas expectativas de que são as pessoas que precisamos para ir em frente e curar a nossa dor.
Mas, como tudo na vida, há famílias que embora compartilhem o mesmo código genético, não são muito propensas a prestar ajuda, mas a criticar, julgar e destruir seus próprios membros. E a única coisa que se pode fazer é aceitar e respeitar suas decisões, pois será um desgaste psicológico tentar mudar a mente ou os sentimentos que vão contra o que uma pessoa, na realidade, deseja fazer por outra.
Esperava mais deles…
Nunca fui muito próxima dos meus parentes, só passávamos por algumas datas importantes como Natal, aniversários e funerais. Durante minha juventude, tive a oportunidade de residir em outro estado onde vivi por 10 anos; nesse tempo nunca tive contato algum com eles. No entanto, por questões do destino, e com minha vida destroçada, vi a necessidade de voltar ao lugar onde meus familiares viviam, imaginando que ali iria encontrar o apoio que tanto desejava meu coração.
Foram muitas as minhas expectativas, acreditava que por ter uma relação consanguínea com meus familiares, eles iriam me querer e me apoiar; no entanto, foi o contrário, foi uma desilusão absoluta da qual tive que aprender algumas coisas.
Mudando pensamentos
A minha história é um exemplo de como as famílias, quer sejam pais, irmãos, tios, primos ou avós, nem sempre são as pessoas que pensamos que são, apesar de ter um laço único que é o genético. No entanto, aprendi o seguinte:
1. Aceitá-los e amá-los como são
Há muitas maneiras diferentes de expressar o amor. Se pensarmos que só há uma maneira, porque aprendemos isso durante a infância, estaremos cometendo um erro que pode levar-nos à frustração. A ideia que se deve resgatar neste momento é que todas as pessoas são diferentes e que uns são muito dados a expressar seus sentimentos e outros não, isso não significa que não o amam.
Por essa razão, será importante aprender essas formas de amar e aceitá-las, embora estejam contra sua maneira de ver as coisas. No final das contas, ao fazê-lo, você se sentirá muito melhor, já que não espera receber nada em troca.
2. A ajuda nem sempre é econômica
Alguns familiares pensam que a ajuda que um membro em situação difícil e adversidades espera receber deles, é financeira, mas nem sempre é assim. Claro que o dinheiro pode resolver muitas coisas, mas, na realidade, o que espera uma pessoa que procura os seus familiares é empatia, apoio, conselhos e sentir-se protegido.
Para desfazer essas falsas ideias sobre o dinheiro, é recomendável começar a ter um contato mais estreito com os familiares, expressando em realidade quais são suas verdadeiras necessidades. No final das contas, poucas são as pessoas que são empáticas com o sofrimento alheio.
3. A ajuda nem sempre vem da família
Ocasionalmente, um desgaste psicológico é gerado quando a pessoa afetada deseja aproximar-se dos familiares, sobretudo quando eles enviam sinais indicando que você é uma pessoa indiferente e irrelevante para suas vidas. Por essa razão, procure ajuda e apoio em outros lugares; lembre-se de que os amigos, ou mesmo pessoas que só entraram em sua vida por alguns instantes, podem ser as pessoas ideais para tirá-lo do problema e dar-lhe o que você precisa.
4. A capacidade e a coragem que existe dentro de você
Muitas vezes, quando acreditamos necessitar dos outros para sair de um problema, é quando, de repente, se descobrem coisas no interior que se desconheciam, como a força, a coragem, a valentia e a resiliência. Como dizia minha avó: “todas as adversidades ou obstáculos que encontramos em nosso caminho têm uma razão de ser”; por tal razão, devemos aprender a tirar forças do nosso interior e nos conscientizar de que podemos lutar e vencer – ainda que sem ajuda – para chegarmos ao nosso objetivo e encontrar a felicidade.
5. Perdoar e seguir em frente
Gastar muito tempo pensando nos problemas e nos familiares que não o ajudam nesses momentos de angústia, é um desgaste físico e emocional. Por isso, perdoe para seguir adiante, descartando todo sentimento de rancor, amargura, frustração e ódio. Mude a sua maneira de pensar e concentre-se em si mesmo; pense e tire um tempo para agradecer pela vida da sua família e abençoe-os todo o tempo que for necessário. Inclusive, ajude-os e os apoie quando eles precisarem.
A família é o mais sagrado, mesmo que não seja como se espera. Deixe fluir a relação, deixe que o tempo atue a seu favor para que, em algum momento, possa ajudá-los. Ame-os e abençoe-os, assim você se sentirá muito melhor. Faça isso por si mesmo!
FONTE AFAMILIA
19/06/2020
PANDEMIA: O QUE ACONTECE QUANDO NOSSAS EMOÇÕES AFETA O CORPO
Uma das grandes questões não respondidas da psicologia é quanto ao seu real objeto de estudo, e há respostas diversas para isso. Segundo a etimologia da palavra, psique é alma, por isso, seria o estudo da alma. No entanto, entramos em outras perguntas filosóficas ainda mais complexas de responder, como se somos corpo e alma, ou só corpo, ou só alma. Evidentemente, não há ainda respostas científicas e definitivas para essas questões existenciais. Pelo contrário, há posições e posturas diferentes dentro da gama infinita de possibilidades.
Dentro destas visões e possibilidades, existe a inegável realidade de que, seja qual for a resposta, muito do que acontece na realidade corporal tem a ver com nossas emoções, nossos pensamentos. O que nos acontece no plano emocional afeta o corpo. E isto inclui também o fenômeno das doenças.
Provavelmente, atirar-me a este tema seja como navegar em plena tormenta, posto que há uma situação real e delicada que vivemos como humanidade: a crise de uma epidemia nova que ameaça a todos.
Como explicar uma doença epidêmica a partir da visão de que conflitos emocionais são doenças? Trata-se de uma questão bastante complexa, mas tentarei abordá-la.
A doença individual
Quando falamos de que a doença é um conflito emocional, não queremos dizer que todo o processo biológico não existe. Isto significa que os pensamentos, as emoções, têm um efeito direto nos processos fisiológicos.
Um exemplo claro é quando diante de um perigo tão simples como a presença de uma aranha, sentimos medo. Diante disso, o cérebro envia sinais que provocam uma produção de adrenalina, que dá a força necessária para correr dela, ou para pisoteá-la com valentia.
Neste exemplo, o evento teve uma emoção, uma expressão, uma solução. Da mesma forma, quando há outras situações em que há emoções, o corpo se modifica, mas às vezes não são expressas nem resolvidas. É aí que a doença surge.
Há muitos estudos, alguns coincidentes, outros não, a respeito de que conflito corresponde a que doença. Existe desde a correlação simbólica da função e significado do órgão em questão, até o estudo médico da ontogenia para conectar as doenças com os conflitos.
O que as doenças nos tentam dizer
Com isto não podemos afirmar que devemos recusar os tratamentos médicos alopáticos. Mas, que as doenças sempre trazem uma mensagem de crescimento, de que ainda necessitamos melhorar algo em nós. Sentir-se melhor não é só a nível fisiológico, com um medicamento que elimine os sintomas; sentir-se melhor pode significar também resolver uma emoção que ficou sem processar. Eis o desafio.
Perante a afirmação de que a saúde mental tem correlação com a saúde física, é fundamental poder cuidar-nos de maneira integral quando falamos de saúde.
Por exemplo, há estudos científicos que mostram que a atitude perante uma doença grave como o câncer pode favorecer ou prejudicar a evolução desta. Também há estudos relacionando ao nível de estresse à resposta do sistema imunológico que se vê comprometido.
É, portanto, importante poder ter claras nossas emoções. Nomeá-las, processá-las, dar-lhes solução. O que é dar-lhes solução? Todas as emoções correspondem a uma necessidade. Poder dar lugar à emoção é contatar a necessidade para poder solucionar a situação.
No caso de uma pandemia, por exemplo, o perigo é sermos invadidos pelo medo. Não só o medo de sermos infectados, mas também das consequências econômicas e sociais do isolamento que atualmente vivemos.
É, portanto, parte de nosso cuidado ante esta contingência, atender o que nos acontece emocionalmente.
A doença coletiva
Já que a dialética entre o individual e o coletivo não tem uma fronteira delimitada, o que acontece no pessoal tem um efeito social. Se, além disso, assumirmos que somos um subsistema para sistemas mais amplos, saberemos que temos um impacto no que nos acontece.
Por exemplo, se uma mulher teve um problema no trabalho com seu chefe, e chega em casa estressada, o mais certo é que tenha uma baixíssima tolerância com seus filhos. Desta forma, afeta o seu subsistema familiar. Por sua vez, uma criança que vive o estresse em sua família, ao ir à escola, é possível que apresente comportamentos impróprios com seus colegas, o que afeta no social. E assim vamos de um subsistema para um sistema maior.
Se a isso somarmos o fato de que todos vivemos num mesmo sistema econômico, social, político, podemos explicar melhor como somos parte de um todo. Cada país é parte de uma organização mundial, à qual se juntar. Assim todos somos parte da humanidade.
O que acontece afeta a todos nós. Neste momento, todos vibramos nas mesmas emoções. Em geral, vivemos com tensões econômicas, necessidades de amor e vinculação que costumamos evitar com tecnologia e com vícios socialmente aceitos, como álcool, trabalho, tabaco, inclusive compras compulsivas. Olhamos para fora tentando preencher um vazio que está dentro. Nisto, levamos o mundo para a destruição.
O caminho para a saúde individual e coletiva
Esta situação particular convida-nos, todos, a olhar para dentro. Dentro de nossas casas, de nossas relações com parceiros, filhos, pais, inclusive dentro de nós mesmos. Olhar para os verdadeiros buracos, vazios e necessidades. Olhar e curar as nossas relações com o mundo, com os outros e conosco.
É certo que se atendermos ao chamado interior, podemos renovar-nos. E assim, fazendo cada um de nós uma micro renovação, podemos levá-la ao macro. Iniciando como grão de areia, acabaremos fazendo uma enorme praia, contribuindo para uma mudança mundial.
Que encontremos nessa crise a oportunidade, individualmente e como humanidade, de curar. Curar não só o fisiológico; não apenas evitar o contágio de um vírus, mas curar integralmente, de maneira que transformemos nosso espírito.
FONTE AFAMILIA
18/06/2020
7 RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES PARA VOCÊ E SEUS FILHOS DURANTE A QUARENTENA
Não há dúvida de que estamos vivendo tempos que testam nossas habilidades, saberes, criatividade e paciência para enfrentar e viver da melhor maneira a situação mundial de saúde que o coronavírus tem provocado.
Entre as muitas consequências que surgiram na aplicação das medidas de proteção da saúde em muitos países, tem sido o fato de as crianças estarem em casa para evitar que se contagiem, trazendo consigo uma série de situações de todo o tipo para os cuidadores e pais de família.
Seria muito fácil e falso dizer e pensar que ter em casa os pequenos é simples, que se podem cuidar e que eles podem simplesmente continuar com seus deveres escolares até que as autoridades digam que já podem voltar à escola ou à vida antes da pandemia. Não, não é simples nem fácil, e para muitos é uma problemática real e muito complexa.
Por isso, antes de me atrever a dar alguma sugestão, quero esclarecer este ponto novamente: não é fácil e cada família tem suas particularidades, pelo que todos devemos ser considerados, solidários, mas sobretudo, respeitosos. Cada pessoa e família resolvem o melhor com o que têm, o que sabem e o que podem.
Dito isso, eu compartilho essas recomendações que certamente podem ajudá-lo a pensar em muitas outras opções que funcionam para você e seus.
Mantenham rotinas
Uma das primeiras mudanças que fazemos neste tipo de situação é relaxar nossos hábitos e rotinas; todos os que têm a oportunidade de ficar em casa começam por levantar-se mais tarde ou pelo menos não tão cedo como se acostuma, e esse é o início da desordem, os problemas entre cônjuges e outras complicações; mas esclareço: levantar-se mais tarde do que o normal não é o problema, o problema é que se perca a ordem e o ritmo da vida.
Então, na medida do possível, estabeleçam rotinas para levantar, tomar um banho, tomar café da manhã e começar o trabalho.
Se os pais têm a boa sorte de poder ficar em casa, podem fazer um horário para todos; se só será algum adulto ou cuidador das crianças, é importante que tenham um horário para se levantar, tomar café da manhã, uma rotina de trabalho, estudar e descansar, ter tempo de leitura e jogos de tal maneira que quando os pais cheguem, toda a família possa ter a rotina habitual com pais, descansar ou outras situações familiares.
Os meninos devem ir para a cama à mesma hora todas as noites. As rotinas nos ajudam a estruturar a mente e dominar nossos impulsos.
O mais complicado de estar em um confinamento é não saber o que fazer, e quando isso ocorre, começam outras problemáticas desnecessárias nestes dias.
Dediquem tempo às tarefas
Sabemos que para muitas crianças ou adolescentes será difícil fazer as tarefas de casa ou as escolares, mas é necessário e bom, contanto que isso não gere gastos de dinheiro extras ou não considerados no orçamento familiar; especialmente em momentos como este em que temos de ter muito cuidado com o dinheiro.
Há muito que fazer em casa, acomodar brinquedos, sacudir, fazer o jardim e outras tarefas que as crianças podem realizar de acordo com suas idades. Uma mente ocupada é a fonte da saúde mental em dias como estes, uma atividade de trabalho por dia é mais do que suficiente.
Lazer e descanso
O tempo de ócio também é bom e necessário na infância, pode-se dar tempo livre para o tédio, isso desperta a criatividade. Apenas verifique se as crianças estão em um lugar seguro sem coisas perigosas, e pronto! As crianças criarão, apenas lembre-se de supervisioná-las.
Por outro lado, este tempo também pode dar as oportunidades de descanso que os adultos ou toda a família necessitam. Descansem, tirem uma soneca e depois continuem com o dia.
Nesse aspecto, apenas tenha cuidado para que nenhum membro da família disfarce ou esconda sinais de cansaço depressão. Se você observar que alguém em sua casa se isola, deixa de comer, abusa da comida, chora ou simplesmente está se desequilibrando de alguma maneira, talvez não esteja lidando bem com o isolamento social, o que requer sua atenção ou a de um profissional.
Cuide da sua alimentação
Todos nós devemos evitar comer o dia todo, alterar a rotina alimentar é uma das primeiras complicações que vivemos em casa, especialmente alimentos ricos em açúcar ou farinhas. Começamos a experimentar tédio, ansiedade ou até angústia e começamos a ganhar peso e a gerar mal-estar físico e até mesmo doenças. Então, lembre-se de comer normalmente e de vez em quando algo saboroso. Cuidar de sua alimentação nestes dias é cuidar de sua economia, mas, sobretudo, da saúde de todos os que você ama.
Falar e ter uma conversa
Tomem um tempo para dialogar, fazer coisas juntos e descansar. As crianças podem ligar para os avós ou para os amigos; dessa maneira se favorecem muitas habilidades linguísticas e sociais que os videogames não podem fazer. Cuidado com o tempo na frente das telas também.
Falem sobre o que se passa e verifiquem se ninguém está com medo devido a informações erradas ou dificuldade de compreender as coisas. Falar com clareza e segurança segundo a idade de nossos filhos, lhes dará certeza e confiança.
Outra grande ideia é fazer o plano para a contingência juntos; por exemplo, os horários e até o menu para que todos participem e se sintam necessários e integrados a uma família que se preocupa com eles.
Ter atividades físicas
Dentro de casa as crianças podem e devem ter atividades físicas e quando os pais se unem, fica ainda melhor! Seja de manhã ou à tarde, dedique tempo para uma atividade física. Isso reduz, nos adultos, o estresse e ansiedade por não poderem sair, e faz com que as crianças fiquem cansadas e vão para a cama com sono. E como se não bastasse, fortalece o seu sistema imunitário, algo vital nestes dias.
Controlem a qualidade da informação que entra no seu lar
Se for necessário, desliguem a TV ou os noticiários e tudo aquilo que lhes inquieta ou lhes roube a paz. A crise pode também ser uma oportunidade para desenvolver a fé, cultivar a oração e fazer tudo aquilo que lhes fortaleça e evite brigas, discussões ou até violência.
Busquemos fazer com que nossas crianças tenham uma lembrança deste tempo como a grande oportunidade que a humanidade teve para trabalhar e colaborar juntos, para escutar o nosso planeta; mas, acima de tudo, para nos tornarmos um pouco mais empáticos e sensíveis para com todos à nossa volta e para com a família, é o melhor lugar para o viver.
FONTE AFAMILIA